Questão estrutural

Foto: Site CBF
Dizer que a derrota do Brasil por 2x0 para o Paraguai era previsível pode parecer presunçoso. Então, vamos diretamente aos fatos. A Seleção não tem um time. Agrupa-se, quando necessário, e treina dois, três dias, na Granja Comary. O elenco conta, sempre, com as disponibilidades da vez. Quem tem situações pessoais pendentes, caso agora de Kaká com o nascimento do filho, ou é vetado pelo clube que defende, está fora. Além, evidentemente, dos que se encontram em má fase – o melhor exemplo, neste caso, é Ronaldinho Gaúcho. Outra situação: o calendário da Europa, onde a maioria atua, difere do brasileiro. Logo, há evidentes discrepâncias no que tange a parte física. Para a convocação do técnico, quase todas as vezes, restam as sobras. E, assim fica praticamente impossível ter o básico em futebol: o mínimo de conjunto e entrosamento. Como os jogos eliminatórios são extremamente espaçados, o vácuo se torna inevitável. Para completar a problemática, Dunga fica a léguas de ser o treinador dos sonhos. Daí, é o que se viu hoje: uma caricatura de equipe em campo. A confiança da torcida, paradoxalmente, balança e não cai. No fundo do coração de cada brasileiro resta sempre a esperança do retorno das apresentações de gala. E é nessa que a gente vai. Que venha a Argentina!

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