Quase lá

Foto: Adílson dos Santos/Prefeitura de Quissamã
O 1x1 com o Nova Iguaçu, na sempre efervescente Baixada Fluminense, deixou o Quissamã muito perto da vaga na final da Copa Rio. A campanha do time é espetacular nesta fase da competição: quatro vitórias e um empate em cinco jogos contra equipes teoricamente mais fortes, já que pertencem a divisões superiores no futebol carioca - Volta Redonda e Duque de Caxias, da primeira; Nova Iguaçu, da segunda. Isso sem contar as etapas anteriores, quando derrotou Boavista (duas vezes) e Cabofriense; e meteu seis em Olaria e Campo Grande. Conversando com meu amigo (e fiel escudeiro para assuntos desportivos) Leandro Nunes, chegamos a mesma conclusão: o sucesso do Quissamã tem explicações simples. Vejamos: o trabalho do ano passado foi mantido, embora a equipe não tenha conseguido o acesso. Permaneceram o treinador, a comissão técnica e a grande maioria do elenco. Com o mínimo de infraestrutura necessária, apoio dos torcedores e sem pressões internas e da imprensa, a equipe pôde evoluir. A ponto de se tornar a nova sensação do estado. Em tempo: se for campeão, o Quissamã estará na Copa do Brasil de 2009.

Vergonha

Novo capítulo tenebroso na história política de Campos. Agora o Ministério Público Federal pede o afastamento e o seqüestro dos bens de todos os 17 vereadores do município. O recente escândalo já está explícito à nível nacional, sendo repercutido pelo Jornal O Globo. Até que ponto a investigação avançou ou se haverá mesmo alguma punição ou não, só o tempo dirá. Para quem gosta dessa terra, nasceu aqui e por cima desse solo cria os filhos, é angustiante. Aperta o peito. Dói.

Emocionante

Tudo bem: vascaínos e botafoguenses estão com a cabeça inchada. Provavelmente não vão gostar de ler que ambos fizeram jogos muito emocionantes, porém sem o final feliz desejado, na noite desta quarta-feira. Mas fizeram. O Vasco buscou um resultado desfavorável no último minuto e levou a decisão para os pênaltis. O Botafogo suportou uma pressão incrível e conseguiu a mesma coisa. Poderia ter a Copa do Brasil novamente uma final carioca. Não teve. Edmundo, no Rio, e Zé Carlos, em São Paulo, jogaram a chance fora. Um abriu as cobranças de seu time. O outro, fechou. Por caminhos tortuosos ou não, a justiça foi feita. O Sport merecia chegar à final. Passou, antes do Vasco, pelos favoritíssimos Palmeiras e Internacional. E o Corinthians mostrou um poder de reação impressionante, digno dos grandes clubes. Vá lá: foi doído, mas foi justo.

Camarote rubro-negro

Só o Flamengo, dos quatro grandes do Rio, não reserva fortes emoções aos seus torcedores nesta quarta-feira. Botafogo e Vasco, na Copa do Brasil, ficam e chegam à decisão ou saem com a sensação de dever mal cumprido. O Fluminense, na Libertadores, protagoniza o confronto mais esperado por sua torcida: mede forças com o Boca Juniors, na Argentina. De certa maneira, também sela, hoje, seu destino. Derrota por placar dilatado significa prenúncio de adeus. O empate é bom. A vitória, um sonho possível pela qualidade do elenco. A noite vai ser de arrepiar!

Rumo à serra

Um grupo que estava no Floresta, de Cambuci, ano passado, e que recentemente participou da campanha do Cardoso Moreira na Copa Rio, partiu rumo a Região Serrana. No próximo dia dois de junho (segunda-feira que vem) eles se apresentam ao Teresópolis, que vai disputar a Segunda Divisão do Campeonato Estadual. O chefe do "comboio" é o técnico Marquinhos Curtição. Entre os atletas estão o zagueiro Caboclo, o meia Nado e o atacante Dione.

Decepção, descrédito e desconfiança

Foto: Álvaro Marcos
Com alguns anos de estrada já vi poucas e boas no ramo das comunicações. Muitas decepções, surpresas desagradáveis... Porém nada superou o que aconteceu com o Site Bom, um portal de notícias gerais que apresentava o diferencial de tratar cada município separadamente. Mesmo a sede instalada em Campos, rotulada como cidade onde "tudo dá errado antes até de começar", a tradicão da família Ventura, empreendedora do négocio através dos senhores Nivaldo Gomes Ventura Júnior e Celso Renato Ventura, me fez acreditar, ainda que por pouco tempo, se tratar de coisa séria. Duas pessoas com raízes fortes por estas bandas. E com um sobrenome de peso. Até então, pelo menos de meu conhecimento, sem arranhões. Muito pelo contrário. Ouvi rasgados elogios de gente importante quando revelei quem estava por trás da iniciativa. Questões internas foram e, provavelmente, continuarão sendo debatidas por algum tempo a portas fechadas. Como tem de ser. O desabono na conduta da direção da empresa, que se tornou público graças aos comentários de boca miúda, é uma quase inacreditável falta de compromisso com a palavra empenhada. Descrédito surge como melhor e mais brando termo para traduzir a situação instalada com funcionários, possíveis anunciantes, fornecedores e até vizinhos. O porquê, não sei informar. Pode ser que a psicologia explique. Ou a psiquiatria. Ou, talvez, seja um caso de mera irresponsabilidade, sem acréscimos patológicos.
Meu maior estarrecimento se refere exatamente ao ferimento de um conceito familiar zelado durante décadas pela matriarca, a senhora Zildéa Ventura. Que, ressalva seja feita, não tem nenhuma ligação com os desagradáveis (para ser bem educado) fatos ocorridos. Dona Zildéa não precisava passar por isso. E nós, que trabalhamos no projeto, não merecíamos. Que sirva de lição. A todos.

Valeu, Guga!

Foto: Site ATP
O garoto de Santa Catarina parou mesmo. Com seus cabelos encaracolados, um sorriso sempre contagiante e a inconfundível magreza, Gustavo Kuerten alcançou o inimaginável para um tenista brasileiro: o topo do mundo em um esporte onde sempre estivemos a léguas dos melhores. Valeu, e como, se emocionar com seus títulos espetaculares. Principalmente, pelo fato de ser um ídolo de carne e osso. Simples, gentil, boa-praça. Sem exibicionismos ou escândalos. Não à toa, é seguido por uma legião de crianças por onde passa em Florianópolis. A “Guga-Mania”, pelo visto, ainda vai durar muitos e muitos anos. Tomara.

É só mostrar o exame

Foto: fotomontagem
Salão de cabeleireiro sempre oferta múltiplas opções de revistas a quem espera por atendimento. A maioria de fofoca, na realidade o assunto predileto dos freqüentadores dentro do referido ambiente. Aguardando pelo corte de cabelo, esta semana, sentado estava no sofá quando deparei com uma "Quem" na mesinha de vidro bem à frente. Tinha a Juliana Paes na capa, motivo suficiente para folhear a publicação. Porém, o que prendeu minha leitura foi uma reportagem razoavalmente bem escrita sobre o drama do Fábio Assunção. Há alguns meses ele parou na superintendência da Polícia Federal de São Paulo junto com um traficante. Rolou na imprensa a versão de que o ator estaria em tratamento para se livrar do vício da cocaína. Li, até, que a própria família dele teria acionado os policiais temendo uma recaída. O galã, claro, negou tudo. Logo depois aconteceram as histórias envolvendo mais duas celebridades e o mesmo assunto: as drogas. Primeiro, Roberto Cabrini. Depois, Ronaldo "Fenômeno". Nos três casos a mesma postura de distanciamento dos protagonistas me chamou a atenção. Todos são enfáticos em se colocarem como vítimas das situações. Mas nenhum dos famosos se prontificou a fazer (e mostrar publicamente) o resultado de um simples teste toxicológico, através do qual poderiam, com clareza, provar inocência. Me parece, no mínimo, uma incoerência com o discurso que adotaram.

Cozido bom

Foto: Álvaro Marcos
Nesta quinta-feira o casal amigo Leandro Nunes e Clícia Cruz recebeu uma verdadeira tropa de elite na hora do almoço. Eu, acompanhado da família, e Luiz Costa estivemos presentes praticamente do início até o fim. Foi um encontro muito bacana, regado a vinho, cerveja, refrigerante e, claro, o delicioso cozido feito por Clícia, Luiz, Antônio Fernando e Sílvia Ribeiro. Para alegrar ainda mais o ambiente, Péris Ribeiro participou firme e forte. Como aperitivo, Leandro fez um churrasquinho para abrir os trabalhos. Todo mundo saiu com gostinho de "quero mais". A próxima confraternização não pode demorar.

Melhor jogo do ano

Foto: Agência Photocamera
Foi um partidaço. Um jogo cheio de alternativas, quatro gols, expulsão, substituições que deram certo e errado, heróis, variações táticas e bola na rede decidindo o confronto no último minuto diante de 80 mil pessoas. Ingredientes de sobra para enlouquecer tricolores cariocas e paulistas. O Fluminense mereceu vencer e chegar às semifinais da Taça Libertadores. Embora só tenha mostrado o ímpeto que o conduziu ao resultado no início do primeiro tempo e no final do segundo. Justamente antes de marcar o primeiro gol e depois de sofrer o empate. Foi comovente ver Washington desabar em lágrimas e assistir Renato Gaúcho sentado no gramado, extremamente emocionado.

Falta de respeito

Que a situação política de Campos ultrapassou as raias do absurdo, é senso comum. Ontem, início da noite, ocorreu mais um lamentável episódio de total desrespeito à população. Pelas principais ruas do circuito Pelinca trafegou um trio-elétrico. Não bastasse o gigantesco veículo atrapalhar o já conturbado trânsito das imediações, e justo no horário de pico, um rapaz se apossou do microfone para, em altíssimo volume, atacar veementemente o adversário eleitoral (neste caso, o ex-governador Anthony Garotinho). Se as denúncias são verídicas ou não, cabe aos órgãos competentes julgar. Inaceitável é um sujeito, que aparentemente não tem muitos afazeres, tirar a concentração de quem está trabalhando e, pior, incomodar pacientes internados na Santa Casa de Misericórdia – o tal carro de som passou rente ao hospital. Depois tem gente que torce o nariz quando ouve dizer que “Campos é terra de Marlboro”.

Ex-camelô

Foto: Álvaro Marcos
Ao criticar a situação do Mercado Municipal de Campos em seu programa "A hora da verdade", no ar de segunda à sexta, às 16h, na Rádio Campos Difusora, Barbosa Lemos teve um momento de nostalgia. Revelou aos ouvintes que já trabalhou no local, muito antes de se tornar empresário do ramo de comunicações. "Eu ia pra lá cedo, vender as minhas bugigangas. Já vendi legume, verdura, roupa, calçado, e até pente de cabelo", enumerou.

Rock ou marcha fúnebre?

Rockfeller de Lima se despediu oficialmente ontem da Secretaria de Turismo de Campos com um discurso inflamado, sua principal característica. Lembrei de uma passagem dele em 1994, no Palácio da Cultura. O ex-jogador Didi veio a cidade para o lançamento do livro que conta sua trajetória, escrito por Péris Ribeiro. Auditório lotado, Rock pede a palavra. Depois de citar a importância do atleta para o futebol mundial, se empolga e solta essa: “Didi, o seu lugar é ali (aponta com o dedo para o lado de fora do prédio), no pantheon dos heróis campistas”. O público prendeu a respiração, Didi arregalou os olhos e Péris corou. Percebendo a gafe, o veterano político não titubeou: “mas só daqui a 100 anos, porque você é eterno, Didi”. A platéia veio abaixo! Ano passado estive com Rockfeller e recordei o episódio. Mais espirituoso do que nunca, emendou: “matei o homem, mas ainda bem que ressuscitei rapidinho”. Ele é impagável.

Quem é ela?

Roda de conversa ontem no local de trabalho. De repente o papo descamba para as marcas que o tempo deixa. O coleguinha boa-praça Maurício Xexéo engatou uma de primeira. Afiadíssimo, exemplificou o assunto citando uma peça publicitária de um supermercado de Campos. "Nossa, quando vi aquela mulher no outdoor do Super Bom não reconheci a Lucinha Lins. Pensei que fosse a Lolita Rodrigues", sapecou. Todo mundo voltou rapidinho aos afazeres.

Nós na fita

Foto: Mozart Frederico
Eu, Álvaro Marcos, e o companheiro Luiz Costa, unimos forças. Juntos, criamos o "Ligação Direta". Como o próprio nome sugere, é um espaço onde queremos interagir com os leitores. Abordaremos assuntos ligados a política, economia, agricultura, saúde, esporte e cultura, entre outros. E de uma forma simples. Dentro do possível, até bem humorada. Bem vindos a nossa casa. Estaremos aqui de domingo a domingo, sempre com o prazer, que nos move, por profissão, e com a ideologia de tentarmos fazer o melhor. Força pra gente. Vamos em frente, galera!