A arte onde ela tem de estar: perto do povo

Fotos: Álvaro Marcos
Segundo e último dia da peça "Tribobó City", ontem à noite, no Trianon, em Campos. Diante de espectadores que ocuparam praticamente todos os lugares, os alunos do curso livre de teatro apresentaram um espetáculo bem dirigido, com figurino e cenário adequados. Apesar de ser a primeira vez no palco para a maioria, eles não decepcionaram na interpretação e arrancaram diversas gargalhadas do público, que no fim aplaudiu de pé a performance até surpreendente para quem não tem praticamente nenhuma experiência.

A história, leve e bem humorada apesar do forte cunho social e político, também ajudou. Parentes, amigos e colegas de trabalho dos novos atores prestigiaram em massa o evento. Um ônibus da Secretaria Municipal de Educação levou estudantes da rede pública. Personagens do teatro campista, como Fernando Rossi e Marcelo Sampaio, também foram lá conferir. Enfim, mistureba geral na platéia com direito até a uma faixa onde se lia "Associação dos Moradores da Tira-Gosto e Matadouro".

Tanto as duas apresentações - a de ontem e de quinta-feira - com entrada franca, como o próprio curso em si são iniciativas extremamente louváveis. Na abertura, o Secretário de Cultura, Orávio de Campos Soares, deu as boas vindas lendo um texto até certo ponto extenso, contando a história da reconstrução do Trianon. Fora uma ou outra rasgação de ceda ao casal Garotinho, ele deu um tom educativo e emocionante à introdução. Independentemente de haver ou não intenções eleitoreiras, aconteceu o que se previa na concepção do projeto e era aguardado há anos em Campos: a reaproximação entre a arte e o povo.

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