"Noite do Vinil" com um pernambucano de raiz

Foto: Reprodução
Amanhã, quarta, tem "Noite do Vinil". Na Taberna Dom Tutty, rua das Palmeiras 13, a partir das 22 horas. Entrada franca. Dessa vez, o homenageado será um certo cantor e compositor nordestino, que tem a cabeleira sacudida pelo vento. Senhoras e senhores, com vocês... um pouco de Alceu Valença!

"Nascido em 1º de julho de 1946, na cidade de São Bento do Una, no sertão pernambucano, Alceu lá viveu até os onze anos, quando sua família se mudou para o Recife. Na capital o menino Alceu foi perdendo aos poucos seu jeito agreste do interior, e foi se urbanizando. Em casa de amigos ouvia principalmente Elvis Presley e Roberto Carlos, mas carregava sempre na memória o seviço de alto-falante da praça de sua cidade tocando Luiz Gonzaga, Jackson do Pandeiro e artistas de sua região.

Nunca estudou música, e sempre foi um músico intuitivo. Aos dezesseis anos ganhou um violão, que levava nas excursões da escola. Começou a compor na adolescência, ainda sem um estilo definido. Suas composições daquela época, sambas e baladas, soavam falsas para sua realidade e formação, e então passou a se enveredar pelo frevo, xote, maracatu e baião.

Após se formar em Direito, e descobrir que nunca seria um bom advogado, Alceu decidiu seguir a carreira de músico e compositor. Mudou-se então para o Rio de Janeiro em 1970, e passou a participar de festivais de música, sendo mais um dentre tantos outros compositores em busca de um espaço. Nessa época desenvolvu uma parceria com outro compositor pernambucano que também tentava iniciar uma carreira no Rio, Geraldo Azevedo. Dessa parceria nesceu o disco Alceu Valença & Geraldo Azevedo, produzido praticamente sem recursos.

Em 1974 Alceu finalmente lançava seu primeiro trabalho-solo, pela Som Livre: Molhado de Suor. A partir desse disco sua carreira começou a ganhar projeção, e seu estilo ficaria marcado pela fusão da música nordestina com o rock.

Hoje Alceu Valença é um músico reconhecido não só no Brasil como internacionalmente, já tendo se apresentado em vários países europeus e em importantes festivais internacionais, como o de Montreux, na Suiça.

Vivendo entre o Rio e Olinda, para onde sempre que pode se refugia, Alceu Valença nunca perdeu suas raízes pernambucanas".

Texto entre aspas enviado ao Blog por Aucilene Freitas

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