Bastidores do jogo do Goyta

Fotos: Álvaro Marcos
Isso é que pode se chamar de fidelidade! Mesmo na arquibancada do Goytacaz, num jogo do Goytacaz, olha aí o torcedor ostentando, sorridente, sua camisa do Fluminense. Lanterna? Que lanterna nada! O importante, para ele, é ver a graça em tudo. Bacana esse bom humor mesmo com o trágico rebaixamento se desenhando a cada rodada.



Não era o Corinthians que tinha um bando de loucos? Era. A galera do Goytacaz incorporou o espírito da coisa. Fez faixa e estendeu no alambrado, mostrando para quem quiser ver. Ninguém liga pra essa história de 17 anos na fila, esperando um lugarzinho ao sol na elite do futebol carioca. Afinal, o Corinthians amargou 22 anos de jejum, lembra?




Acéfalo nesta imagem aí, o dono das longas pernas, braços e também da potente Canon é o fotógrafo Ricardo Avelino. Todo jogo do Goytacaz ele está lá, firme e forte, registrando tudo para o jornal Folha da Manhã, onde trabalha. Mas quem agüenta ficar 90 minutos tirando fotos e mais fotos? O bravo Ricardo tem direito a um momento de descanso, ué!



Jogo do Goyta? Pelo visual desses torcedores aí parece mais um beach soccer. Repare bem no colorido da bermuda do rapaz à direita. Tem ou não pinta de beira-mar? Pra completar o visual, aquele óculos escuros báaaaaaaaaasico! Ao seu lado, como quem tenta orientar o time mesmo de longe, o outro torcedor mostra o caminho das pedras. E com as duas mãos!



Quem trabalha no gramado do Arizão sofre. A galera fica bem pertinho, rente ao alambrado. Essa turma aí é do tipo pidona: “ei, fotógrafo, tira uma foto nossa aqui... aqui, ó... ei, olha pra trás, faz uma foto, faz uma foto...”. Tá bom, pessoal, tá bom. A rapaziada é até gente boa. Eram só três, de repente, seis se abraçaram. Tá valendo, tá valendo.



No Goytacaz joga um Tenório. Quando ouço o nome dele lembro de seu xará famoso, Tenório Cavalcanti, o “homem da capa preta”, polêmico político dos anos 50 e 60. Cheio de inimigos, andava sob a tal capa preta acompanhado de sua inseparável submetralhadora “Lurdinha”. Tenório perdeu dois gols feitos ontem. Não metralhou a defesa adversária.



Camisa colada ao corpo, de tão suada, o atacante sofre com o sol escaldante e o calor da marcação adversária. Esse aí entende de temperaturas efervescentes. Afinal, atua profissionalmente com a alcunha de “Cafezinho”. Pelo sim, pelo não, o zagueiro deu uma de açúcar (ou adoçante, como queiram) e ficou ali, grudadinho nele.




E por falar em cafezinho, deu uma fome dananda. Que tal um...churrasquinho! Se tiver uma farofinha, então... Hum, que delícia! É o não é, guri? Ah, pelo seu semblante deve estar uma de-lí-ci-a. Bacana é quando papai te traz e compra a carninha, né mesmo? Fala pra ele que só faltou o refrigerante. Ou você bebeu tudo rapidinho? Menino, menino...



Psiu, ei, ei... essa sandalinha não está pequena demais pra você não? Não vai me dizer que tirou o calçado do filhote para tentar dar uma coça em alguém? Seria no bandeirinha que corria ali perto? Ou em algum jogador com desempenho abaixo da crítica? Faz isso não, homem. Com esse braço para o lado de dentro do campo você pode prejudicar o time.



Pára tudo! Esse leãozinho aí não é do Sport, conhecido como “leão da ilha” em Recife? Agora ele é azul também, é? Adaptação ou não, fato é que o desenho do “rei das selvas” agora estampa faixa da torcida do Goytacaz. Interessante a criatividade desse pessoal. Ficou diferente, mas ficou legal, também. Prova que torcedor tem imaginação fértil.

3 comentários:

Leonel disse...

Formiga e bobo tem em todo lugar. Este cara esta se adaptando à segunda divisão. Ele tem até o fim do ano pra isso, pois ano que vem 2ª divisão em Campos só o Rio Branco.

Gustavo Rangel disse...

rapaz...suei frio...pensei: pronto, fez outro flagrante meu na arquibancada...ainda bem que desta vez me escondi com perfeição..huahuuhuahu...abração

Ricardo Galo disse...

Grande louro e Aloir do Iff Fluminense alvi-anis de carteirinha.