Do que não se explica

Esqueceu os óculos na poltrona;
Parte do seu corpo no lado do carona.
Agora se deu conta, que azar.
Antecipo seu jeito de pegar.
Vai dormir com seus amigos anjos,
E sonhar vivendo nossos desejos.

Vou escrever a vida com a caneta que você me deu;
E é azul, cor da tinta que ela tem do mundo meu.

Daqui a pouco outro dia amanhece,
E vem saudade que a gente não esquece.
Chega mensagem no telefone, ainda bem.
Mundo paralelo, só entende quem tem.
Penso em ti, quando vou almoçar.
Leio muitas vezes você, se vou viajar.

Vou escrever a vida com a caneta que você me deu;
E é azul, cor da tinta que ela tem do mundo meu.

As horas demoram, o relógio retarda.
Falta pouco e saudade não aguarda.
Quando te encontro é sempre abraço,
Instintivo beijo, carinho e laço.
O que vamos fazer não interessa,
Esse ímã que nos une não tem pressa.

Vou escrever a vida com a caneta que você me deu;
E é azul, cor da tinta que ela tem do mundo meu.

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