Rock ou marcha fúnebre?

Rockfeller de Lima se despediu oficialmente ontem da Secretaria de Turismo de Campos com um discurso inflamado, sua principal característica. Lembrei de uma passagem dele em 1994, no Palácio da Cultura. O ex-jogador Didi veio a cidade para o lançamento do livro que conta sua trajetória, escrito por Péris Ribeiro. Auditório lotado, Rock pede a palavra. Depois de citar a importância do atleta para o futebol mundial, se empolga e solta essa: “Didi, o seu lugar é ali (aponta com o dedo para o lado de fora do prédio), no pantheon dos heróis campistas”. O público prendeu a respiração, Didi arregalou os olhos e Péris corou. Percebendo a gafe, o veterano político não titubeou: “mas só daqui a 100 anos, porque você é eterno, Didi”. A platéia veio abaixo! Ano passado estive com Rockfeller e recordei o episódio. Mais espirituoso do que nunca, emendou: “matei o homem, mas ainda bem que ressuscitei rapidinho”. Ele é impagável.

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