Apenas um rapaz chamado Belchior

Tudo bem, Belchior deu um calote. Tá. Aceito todos os argumentos moralistas. Nada, porém, que me impeça de externar o que sinto em forma de rima. Com licença, poética ou não, um brinde a Belchior!

Apenas um rapaz chamado Belchior

Sugiro um brinde a Belchior.
Se possível, em ré maior.
Há três anos deixou carro,
Deixou um belo sarro.
Largou apartamento,
Nem aí para sofrimento.

Sugiro um brinde a Belchior.
É possível, em ré maior?
Parou no estacionamento
E se deitou nas asas do vento.
Foi embora do país,
Fez o que sempre quis.

Sugiro um brinde a Belchior.
Sim, é possível em ré maior.
Morou na pousada,
Mostrou a face ousada.
Sorriu para a despesa,
Para a moeda que pesa.

Sugiro um brinde a Belchior.
O penúltimo, em ré maior.
Deixou roupas nos varais,
"Galos, noites e quintais".
Fez o que muitos sonham,
Alucinou-se, como os que amam.

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