Pais e filhos

Engraçado esse negócio de ser pai. É um sentimento diferente de tudo que já experimentei. Mais intenso, forte e abrangente. Nada se compara. Só sendo para saber. Difícil de explicar, fácil de compreender quando acontece. A relação é baseada na doação de amor incondicional, de tempo total de dedicação. E o mais inacreditável: sem esperar nada em troca. Apenas cruzando os dedos na esperança de que a educação repassada seja absorvida e aplicada.

Essas pequenas criaturinhas – no meu caso, dois pimpolhos – são capazes de nos encher de força e coragem para encarar o dia-a-dia nem sempre agradável. São eles, também, os responsáveis pelos melhores momentos da vida com uma simples recepção afetuosa. Em gestos comuns, como dizer “papai, vamos brincar”, vou às nuvens. Piegas, confesso. Mas para quem é pai, é o máximo.

Estou aqui, com meus filhos, lembrando todos os dias do meu pai, um herói chamado Alcebíades de Souza Teles, pela primeira vez fora de nosso convívio no Dia dos Pais. Busco ser cada vez mais pai tentando, mesmo após a passagem dele, melhorar como filho. Agradeço por todos os momentos comigo. Seria injusto não destacar até uma respiração dele. Meu maior sonho é ser parecido. Se conseguir, terei cumprido meu dever de perpetuar seus ensinamentos. Acho que é o espírito deste domingo.

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